segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O escritor e professor baiano Mayrant Gallo escreve sobre "Noite de matar um homem"

Mayrant Gallo, de Salvador, postou no blog Não Leia! um belo texto sobre o livro de Sergio Faraco, Noite de matar um homem. O escritor e professor comenta: (...) Raramente lemos na literatura brasileira atual um livro de contos tão consistente. Um livro que transpira vida e estilo. Um livro com trechos tão reveladores e tão bem fixados, em palavras simples, de seu meio, e que, no entanto, reverberam, de modo que muito depois da leitura os contos continuam a ecoar. (...) 
Para ler a crítica de Gallo na íntegra, acesse o link do blog Não Leia!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Faraco nos "Contos de amor e desamor"


Da autoria de Sergio Faraco, o organizador Flávio Moreira da Costa escolheu o conto Dançar tango em Porto Alegre para integrar essa sua nova antologia, pela editora Agir. Na resenha do livro se apresenta: "O tema ou território é tão vasto, amplo, universal, e tão velho quanto a humanidade, talvez caiba aqui um 'Pequeno manual de navegação' - por mares muito dantes navegados, de ondas e vagas, marés e contramarés, mergulhos e afogamentos. Todas as emoções, todos os sentimentos em uma mesma moeda: Amor e Desamor. Ao tema da antologia, não aos Contos, que cada qual tem lá a sua - são 40 Contos, 40 introduções, no seus devidos lugares, e, antecedendo os Contos. Contos que revelam surpresas, como a história original na que viria se transformar na mais original história de Amor de todos os tempos, através da adaptação de William Shakespeare: Romeu e Julieta."

domingo, 28 de novembro de 2010

"Contos Completos" em crítica na revista Outras Palavras

COM A ALMA NO SUL: CONTOS COMPLETOS DE SÉRGIO FARACO
Sérgio Faraco. Contos Completos. 2 ed. Porto Alegre: L&PM, 2004. 336 p.
Ler os Contos completos de Sérgio Faraco sempre carrega minha alma para o passado e para o Sul. (...) Terra em que, para sobreviver sendo pobre, é necessário ter “algo más que leche em los cojones”. Sim, porque, nestes contos, os principais personagens são os deserdados, os peões, as putas, os borrachos (bêbados) de bolicho e os chibeiros,  contrabandistas que lutam no seu dia a dia contra a miséria, a polícia de fronteira e as águas e agruras do rio Uruguai e seu sertão. Mas não pense, caro leitor, que são contos “bairristas”, extremamente descritivos e repletos de expressões regionais. Neles não há o gosto do exótico,  a preocupação primeira em fixar a imagem da região e do tipo local segundo o mito do centauro dos pampas. Diversamente, ele dialoga com o regionalismo e o mito de forma renovada, não conservadora, recusando a ideologia do gauchismo. (...)
Acesse o link para ler a crítica completa de Marciano Lopes, na revista Outras Palavras.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Crítica sobre a obra de Faraco em blog de literatura

O blog Não Leia! (Literatura, arte, cinema e o que ocorrer) traz uma crítica bem construída de Mayrant Gallo sobre a obra do escritor Faraco e, em especial, sobre o livro Doce Paraíso.
Um trecho: Aos setenta anos, o gaúcho Sérgio Faraco é um dos melhores e mais importantes escritores brasileiros da atualidade. Sua escrita abrange o conto, a crônica, o ensaio e também livros históricos, como o originalíssimo O crepúsculo da ...
Acesse o link do blog para ler a crítica completa.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Portal Literal (RJ) publica entrevista com Faraco

Bolívar Torres entrevistou o escritor Sergio Faraco para o Portal Literal, do Rio de Janeiro. Leia a matéria completa.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Faraco fala sobre o livro "Snooker"

A revista Senhor & Sem Hora, de Porto Alegre, publicou entrevista com o escritor Sergio Faraco, que escreveu o livro Snooker em parceria com um amigo de Sorocaba, Paulo Dirceu Dias.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Faraco em antologia editada em Nova Iorque

O livro The Brazilian Short Story in the LateTwentieth Century, de autoria de M. Angelica Lopes, professora emérita da South Carolina University, foi editado por The Edwin Mellen Press, em Nova Iorque.
É uma antologia dos 19 melhores contistas brasileiros do final do séc. XX, incluindo entre eles Sergio Faraco, Ignacio de Loyola Brandão, Rubem Fonseca, Sergio Sant'anna, Marcia Denser, Sonia Coutinho, Domingos Pellegrini e Aldyr Garcia Schlee.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Luiz Antonio de Assis Brasil escreve sobre a tradução de Faraco

Na sua coluna de hoje, no Segundo Caderno, do jornal Zero Hora, o escritor Luiz Antonio de Assis Brasil escreve sobre o livro As veias abertas da América Latina, traduzido por Sergio Faraco:
As Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeano, é um clássico contemporâneo. Saído em 1970, atualizado em 1977, manteve-se inalterado desde então. Agora, em 2010, sai em nova tradução brasileira, desta vez do nosso Sergio Faraco, que enfrentou com brilho a tarefa que lhe foi cometida pela L&PM Editores. E, pelo visto, agradou o autor, que destina palavras elogiosas a Faraco. Com Galeano concordamos na íntegra. Trata-se de uma tradução “redonda”, com belos lances sintáticos e léxicos, e à qual não faltam originalíssimos momentos retóricos.
Garantida a fidelidade e a excelência textual, cabe-nos refletir sobre o conteúdo. Pode-se dizer que este livro é a mais completa summa que já tivemos acerca da América Latina, pois reúne, em pequenos capítulos, um mosaico diacrônico que começa nos “descobrimentos” e chega até o auge dos governos militares do continente. Ali estão todos os nossos fantasmas, nossas humilhações, todas as arrogâncias coloniais – e mesmo as pós-coloniais –, todas as injustiças dos sistemas saqueadores. Acompanhamos, como quem lê um romance de terror, as históricas vicissitudes de nossa existência coletiva, e nos perguntamos, afinal, como deixamos que tudo isso acontecesse? Onde a indignação, onde a solidariedade?
Como é óbvio, estão fora do livro as últimas décadas. Nestas, surgiram ousadas lideranças políticas, capazes de dialogarem com as potências dominantes no plano internacional, obtendo equânimes modalidades de relacionamento. Por outro lado, a sociedade civil organiza-se em instituições estáveis e operosas. São ainda exceções no continente, mas emblemáticas do quanto podemos como povos e nações livres.
Sob essa perspectiva, mais importante ainda se torna essa reedição e As Veias Abertas da América Latina. À parte seu valor literário, é um depoimento até agora insuperável acerca do quanto já sofremos e do quanto o perigo ainda nos ronda. Apesar dos esforços e conquistas, ainda não foram ultrapassadas todas as patologias ali apontadas.
As Veias Abertas da América Latina deve ser nosso livro de cabeceira. É um norte a indicar a rota de que não podemos derivar. É um aviso. Uma advertência.
Ou mais.
O texto está também no site da L&PM.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

"Veias abertas da América Latina" amanhã nas livrarias

Sergio Faraco esta manhã fez uma de suas habituais visitas à L&PM e conferiu saindo do forno a edição nova do clássico de Eduardo Galeano, As veias abertas da América Latina. Faraco é o responsável pela tradução da obra, que chega amanhã às livrarias com nova capa e também nova introdução de Galeano e ainda um índice analítico. O pessoal da editora fez a foto acima e um post no blog da L&PM.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O enfoque regionalista na tradução de Faraco

Yanna Karlla H. G. Cunha apresentará o trabalho O enfoque regionalista na tradução de Faraco – artigo que escreveu sobre a tradução do conto Un cuento con um pozo, de Mario Arregui, no livro Cavalos do Amanhecer – no IV Colóquio Internacional Sul de Literatura Comparada, na UFRGS, no próximo dia 08 de outubro, em Porto Alegre. O orientador de Yana Cunha é Carlos Rizzon, da Universidade Federal do Pampa.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Estudante de cinema do RJ grava documentário com Faraco

Tanara Stuermer Ludwig veio do Rio de Janeiro, no sábado passado, para gravar um documentário sobre Sergio Faraco. Com equipamentos locados em Porto Alegre e uma equipe de três pessoas, ela gravou o dia todo com o escritor em sua casa. É o primeiro filme da estudante de Pós-Graduação em Cinema Documentário, na Fundação Getúlio Vargas, que escolheu o escritor gaúcho para o seu trabalho de conclusão de curso, com orientação do prof. Eduardo Escorel. Tanara quer um curta-metragem com duração entre 10 a 16 minutos – “apesar de ter material até para um longa, foi ótimo gravar com o Faraco!”, comenta – e na próxima semana estará trabalhando na edição. “O meu filme é inspirado num curta do documentarista francês Alain Cavalier e vai tratar do Faraco como um personagem documental de forma sutil, com detalhes da personalidade dele muito de perto, mas sem ser invasivo ou expor demais. Tratar o personagem documental com respeito é a primeira coisa que eu aprendi com o meu orientador, e é o que eu mais admiro nele”, explica Tanara.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Faraco entrega à L&PM tradução digna de um clássico

Foram 100 dias de trabalho, em média seis horas por dia, inclusive nos fins de semana e em viagem, quando esteve em Gramado e Alegrete. Assim Sergio Faraco cumpriu sua promessa à L&PM: entregar a tradução de As veias abertas da América Latina na primeira quinzena de agosto. Em seguida, o escritor recebeu – e já entregou traduzido também – o novo Prefácio que Eduardo Galeano escreveu para a reedição do seu livro, a ser lançada em outubro pela editora gaúcha.
Faraco traduziu todo o livro (nada menos do que 460 páginas) a mão, ocupando oito cadernos de 100 folhas, escrevendo dos dois lados (sua letra não é pequena), e outras tantas canetas esferográficas Compactor 07, a única que o escritor usa. Depois do trabalho a mão, como é de seu costume, Faraco revisa e passa os textos para o computador, para enfim imprimir e revisar novamente, fazendo os ajustes que ele considera necessários.
Para decifrar expressões idiomáticas ou vocábulos desconhecidos, que sempre aparecem, Faraco se socorreu de dicionários (relacionados abaixo) e quando estes falhavam – e falharam em diversas ocasiões – valia-se do próprio Galeano, “cujo saber e cujo desprendimento fizeram com que as dificuldades da versão fossem rapidamente superadas”, revela Faraco.
Foto: Faraco e Galeano na Feira do Livro de Porto Alegre, em 2008











Dicionários utilizados na tradução de As veias abertas da América Latina:
REAL ACADEMÍA ESPAÑOLA. Diccionario de la lengua española. Madrid: Espasa Calpe, 1992. 2v. 2133p.
MOLINER, María. Diccionario de uso del español. Madrid: Gredos, 1992. 2v. 3031p.
Diccionario general ilustrado de la lengua española. Barcelona: Vox/Biblograf, 1990. 1178p. Prólogo de don Ramón Menéndez Pidal.
Diccionario Anaya de la lengua. Madrid: Anaya, 1991. 1079p. Prólogo de Fernando Lázaro Carreter (da Real Academía Española)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Revista da L&PM publica página sobre nova tradução de Faraco

A L&PM levou para a Bienal do Livro de São Paulo uma edição da sua revista com as principais novidades da editora. Na página oito, está a tradução de Sergio Faraco para Veias abertas da America Latina, o clássico de Eduardo Galeano.


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Faraco traduz "Veias abertas da América Latina"

O Segundo Caderno, do jornal Zero Hora, de hoje, noticia que o escritor Sergio Faraco está finalizando a tradução do livro Veias abertas da Amércia Latina, de Eduardo Galeano, para a L&PM.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Conto "Hombre" em audiolivro

No próximo dia 28 de maio será lançada, em São Borja, a Coleção Perspectivas de fronteira em audiolivro – Fronteira sul em contos, volumes I e II, que traz Hombre, de Sergio Faraco. O conto foi cedido pelo escritor para este projeto da Universidade Federal do Pampa, que conta com o apoio do Ministério da Cultura. “Na busca de leitores para os expressivos contos que emergem em nossa investigação, experimentamos a 'transcriação' desses textos em um novo suporte, tanto para promover aos deficientes visuais o acesso à literatura, como para propor, aos leitores de modo geral, novos encontros com nossa cultura”, explica a professora Cátia Goulart, coordenadora do projeto. Os audiolivros já estão sendo distribuídos, gratuitamente, às universidades federais, às escolas públicas da região de fronteira, à Fundação Dorina Nowill para Cegos e ao Instituto Benjamin Constant. Para maiores informações sobre os audiolivros e os escritores, acesse o site do projeto.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Novo vídeo de Faraco na L&PM WebTV

Programa postado pela editora no dia 05/05/2010. Veja em Destaques do Editor.
Descrição: O escritor Sergio Faraco foi o homenageado da terceira edição do Festipoa. Ele participou de um bate-papo com os amigos Cíntia Moscovich e Jacob Klintowitz durante a Maratona Literária.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sergio Faraco na WebTV da editora L&PM

Assista ao vídeo do programa Letras Nossas na WebTV L&PM: o escritor Luiz Antonio de Assis Brasil recebe o amigo e escritor Sergio Faraco para uma conversa sobre carreira e literatura. O programa Letras Nossas foi gravado e produzido pela UniTV em 2009.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Público lotou a Palavraria, ontem, para ouvir Sergio Faraco, Jacob Klintowitz e Cíntia Moscovich

Foram quase duas horas de conversa entre o escritor Sergio Faraco, o crítico e curador de arte Jacob Klintowitz (SP) e a escritora Cíntia Moscovich. A platéia que lotou a Palavraria neste encontro de abertura da FestiPoa Literária, ontem, 20 de abril, participou com grande interesse e por duas vezes interrompeu a conversa para aplausos. Jacob Klintowitz fez exposições brilhantes sobre a obra e a sua percepção do ato criador do amigo Faraco. Cíntia Moscovich elaborou diversas perguntas para Jacob e Faraco, que é o escritor homenageado do evento deste ano. Quando a mesa abriu para perguntas, muitos ouvintes queriam saber de Faraco detalhes da sua obra e do seu processo de criação. A mesa se seguiu de uma maratona literária em que foram lidos, por diversas pessoas da platéia, contos do livro Dançar tango em Porto Alegre, e Faraco fez uma participação especial, lendo para o público o conto Noite de matar um homem. O evento aconteceu em Porto Alegre.
Veja também no site da Palavraria.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Faraco, a cidade e os livros

Leia a matéria publicada hoje na capa do Segundo Caderno, de Zero Hora.
Começa hoje 3ª edição da Festipoa Literária

Esta semana, Porto Alegre faz festa para a literatura. E o anfitrião oficial é um dos maiores contistas brasileiros. Em sua terceira edição, a Festipoa Literária, que começa hoje e vai até o próximo domingo, faz uma homenagem a Sergio Faraco e, como de hábito, reúne dezenas de atividades que congregam literatura, música, exibição de filmes, performances artísticas, leituras, palestras, debates e sessões de autógrafos.
Leia a matéria completa no Segundo Caderno. Foto de Mauro Vieira / BD Zero Hora

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Conversa com Faraco amanhã, às 17h, na Palavraria

A abertura da FestiPoa Literária acontece amanhã, 20 de abril, terça-feira, com um encontro entre o escritor Sergio Faraco, o homenageado do evento deste ano, e o crítico e curador de arte Jacob Klintowitz (SP, foto ao lado, abaixo) e a escritora Cíntia Moscovich (na foto com Faraco), que conversam sobre produção de contos e tradução.

Na Palavraria, às 17h:
Rua Vasco da Gama, 165 - Bom Fim - Tel.: 3268.4260

ZH publica HQ adaptada de conto de Faraco

Coluna de Roger Lerina, contra-capa do Segundo Caderno de Zero Hora, publica hoje:
Os desenhos aí do lado são a versão em quadrinhos que o cartunista LEANDRO DÓRO fez do conto Idolatria, escritor Sergio Faraco. A iniciativa faz parte da homenagem ao ficcionista que será realizada durante a 3ª Festa Literária de Porto Alegre – o FestiPoa Literária rola de amanhã a domingo em diversas livrarias da Capital.
– Como qualquer técnica de transposição para outras mídias, as imagens são uma interpretação minha sobre o que li. O conto sofreu alterações textuais para melhor ser absorvido pelos leitores de quadrinhos, em que imagens e diálogos têm um papel mais importante do que na literatura – explica Dóro a respeito do texto de Faraco, que narra a admiração de um filho pelo pai.
Idolatria foi publicado originalmente em 1998 no livro Dançar Tango em Porto Alegre, além de integrar também Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século, coletânea selecionada por Italo Moriconi e lançada em 2000.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Prêmio Joaquim Felizardo em noite de comemoração

Sergio Faraco recebeu o Prêmio Joaquim Felizardo das mãos do seu editor, Ivan Pinheiro Machado. O escritor foi o homenageado na categoria Literatura, pela Secretaria Municipal de Cultura, da Prefeitura de Porto Alegre. A cerimônia aconteceu na noite de ontem, no Teatro Renascença, com uma comemoração bonita em nome da cidade e seus mais significativos representantes, que discursaram em agradecimento.  Nas fotos, Faraco com o prêmio, com seu editor Ivan, com a esposa Cybele, com o grupo de premiados e com a família.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Faraco recebe Prêmio Joaquim Felizardo amanhã

A cerimônia de entrega do Prêmio Joaquim Felizardo será realizada amanhã, terça-feira, 13 de abril, no Teatro Renascença, às 20h30. Criado pela Secretaria Municipal da Cultura (SMC), o Prêmio Joaquim Felizardo homenageia em diversas áreas os artistas, intelectuais, iniciativas, mídia e patrocinadores de destacada contribuição para a cultura da cidade. Os premiados são escolhidos por um conselho, formado pelos coordenadores de áreas da SMC (música, teatro, artes plásticas, entre outras), mais a secretária-adjunta e o secretário. O Conselho do Prêmio Joaquim Felizardo reúne-se três vezes durante o ano, sendo que no primeiro encontro é debatida uma lista de três personalidades para cada área, no segundo são votados dois nomes e no último encontro é decidido por consenso cada homenageado.
Leia a matéria completa no site da Prefeitura.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Um conto do Faraco em HQ

O artista plástico Leandro Dóro adaptou para HQ o conto Idolatria, do Sergio Faraco, a convite da organização do FestiPoa. Veja a HQ completa na postagem de hoje no blog da FestiPoa Literária.
Foi publicado também no http://contosemquadrinhos.blogspot.com/

quarta-feira, 31 de março de 2010

Faraco é o escritor homenageado na FestiPoa 2010

Sergio Faraco é um dos mais elogiados contistas brasileiros. Em atividade há quase quarenta anos, embora não tenha publicado um livro seu já se vão lá uns dez anos, Faraco não pára. Organizador de antologias, tradutor esmerado, não passa um ano sem que seja publicado pelo menos um desses trabalhos.
Ele estará presente na abertura da FestiPoa e será o escritor homenageado na terceira edição do evento.
Acesse o blog da FestiPoa para saber mais sobre todo o evento.

sexta-feira, 5 de março de 2010

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Correspondência de Faraco e Arregui no "El País"

O jornal "El País", de Montevidéu, publica hoje em seu suplemento cultural um extenso artigo sobre o livro Diálogos sem fronteira: correspondência Mario Arregui & Sergio Faraco, da autoria do ensaísta e professor uruguaio Pablo Rocca. Acesse o link para o El País Cultural.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Projeto Quadrante da Globo em suspenso

Sites de TV publicaram nesta segunda-feira informações sobre o Projeto Quadrante, da Rede Globo, que levaria ao ar, no ano passado, o conto de Sergio Faraco, Dançar tango em Porto Alegre.
Acesse os links pra ler a notícia no PontoTV e no O Canal TV.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Faracos novos

Nota publicada hoje na contracapa do Segundo Caderno, de ZH, por Roger Lerina
O escritor Sergio Faraco começou 2010 presenteando seus fãs – que não são poucos – com a publicação aqui e ali de contos inéditos. "Tributo" saiu na revista Aplauso e no jornal Rascunho, enquanto "Um Mundo Melhor" foi editado no Suplemento Literário Minas Gerais.
Faraco ainda foi matéria de capa da Aplauso de dezembro – e em abril o autor será homenageado pela Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre com o Prêmio Joaquim Felizardo, na categoria Literatura.

Um mundo melhor, por Jacob Klintowitz

Resenha de Jacob Klintowitz, crítico de arte em São Paulo, sobre o conto "Um mundo melhor", de Sergio Faraco, publicado recentemente no Suplemento Literário Minas Gerais e no blog "Gostei Muito" da oficina literária do escritor Charles Kiefer.
Um mundo melhor
Tudo poderia levar a crer que se trata de um conto de idéias, pois a história contém todos os elementos indispensáveis da vida intelectual. Dos três personagens, dois são homens de atividade artística, um é escritor e o outro é diretor de teatro. Há dois cenários, e um deles é um teatro. A ação objetiva tem dois momentos. O primeiro, é um ensaio em que se discute o caráter da representação. A outra ação é inexpressa, uma cena de violência física. E o único diálogo coloca as questões fundamentais sobre a natureza da arte. Entretanto, ainda que o conto “Um mundo melhor”, de Sergio Faraco, obviamente contenha idéias, elas estão subordinadas a um conflito existencial.
Uma obra de arte vale por si mesma, independente de situações externas. Nada justifica uma obra de má qualidade, nem as boas intenções, nem a história da literatura, nem a biografia do escritor. Certamente estes fatores ajudam, algumas vezes, a compreender melhor, mas o contexto e o pretexto não são o texto. Em “Um mundo melhor”, há um dado relevante da história do artista e ele nos dá um indício interessante. Sergio Faraco nos habituou à qualidade do texto e ao empenho obsessivo em deixá-lo reduzido ao próprio esqueleto. Contudo, sempre existiu uma essencial diferença entre a sua vasta produção intelectual e a sua obra de ficção. Enquanto a primeira é marcada pela pesquisa, acúmulo de informações, objetividade e consciência histórica, a ficção alicerça-se no sentimento da vida dos personagens e na intuição do destino que se revela na própria ação. Desta vez, as duas vertentes se convertem num só vetor. O fio condutor é a verdade ficcional, mas ela é alimentada por um complexo emaranhado de informações.
Este dado é relevante no percurso do escritor. É notável este caminho, o texto documental acompanha e enriquece a ficção. Houve um casamento de dois aspectos do Faraco e isto é um fato raro na vida de um escritor. Lendo os textos jornalísticos de Alberto Camus, por exemplo, fiquei admirado de como eles eram não só inferiores, mas de outra natureza quando comparados com a sua ficção. Estes dois elementos estão integrados em Faraco, o documento e a verdade existencial.
Acredito que o diálogo seja uma invenção grega e Platão o seu paradigma. Nele o diálogo serve para apresentar idéias e, acredito, mostrar pessoas. Mais do que ideias, caracteres. O diálogo em que se apresentam ideias tem sempre uma certa atmosfera artificial. Isto se verifica em Platão ou em Oscar Wilde. E devemos aceitar a artificialidade da situação e a verdade intrínseca que se revela. Também no diálogo básico deste conto somos tentados a perceber o que se esconde entre palavras. Aqui, como nos mestres, o oculto é a intuição dos personagens sobre si mesmo, o véu entremostra o destino.
O diretor de teatro clama pela vida e por uma ação concreta. Não percebe que o teatro é a ação e o texto é igualmente a ação. A torre de marfim, imagem popular do intelectual alienado, não pode conter o escritor que escreve ou o ator que representa. Por que esta ação seria inferior a outra qualquer ação? Haverá maior verdade no ato de comerciar? Quando Cervantes sonha um fidalgo letrado que sonha ser Quixote, isto não será ação? Ou vida, como pretende obtusamente o diretor ao tentar obter outra essência e contrapô-la à própria estrutura da obra de arte.
O diálogo compõe a face do personagem à perfeição. O escritor percebe que a sintaxe da arte é a justificativa estética. É verdade e é vida justamente porque é arte.
É este homem e esta percepção que se defrontam com a violência e com um terceiro personagem, inexpresso, é claro, cujos olhos anunciam um gozo no perigo, uma jovem loura. É ela que deseja levar incólume o casaco, signo social de classe e de proteção. Diante desta ação, despido do casaco, de documentos e dos cartões de crédito, e dos sapatos, o escritor, um homem de saber, perde a sua identificação externa, o reconhecimento do mundo. Ele não só é a vitima, mas é ninguém. Um homem atacado no mar por um tubarão não sente de repente que é, naquele universo que visita, apenas comida?
O final do conto, no qual ele inventa um desfecho para a história, é um conto dentro de um conto, pois o que ele faz é escrever. É a correção literária à qual o conto alude. E este final, por outro lado, pode ser entendi-do como um simples mecanismo compensatório. Ou pode mesmo não estar ocorrendo, pode ser que ele invente ter inventado o que teria realmente ocorrido.
Ou seja, a história tem um caráter ambíguo, como é da natureza da arte. E a vida social, que alguns entendem como a realidade, tem este mesmo caráter ambíguo. É o que nos revelam a mitologia ancestral, as escrituras sagradas, a psicologia e a física quântica... Pretender a certeza é uma pobre ilusão. Em nossa literatura, isto pode ser exemplificado no que de melhor escreveu Machado de Assis. O conto “Missa do galo” não terá esta mesma ambigüidade? O que sabemos daquela conversa fremente entre a mulher e o jovem? É um conto de uma extraordinária sedução, mas sobre o caráter desta sedução é o que nos perguntamos. E até mesmo sobre a con-cretitude do acontecimento, desde que não consideremos o sonho uma concretitude suficiente, o que não é a minha posição.
Resta ao personagem, o que conduz a história, a recuperação de sua identidade interior, aquela que não depende do exterior. Ele refaz ou faz o incidente e o relata-escreve para Russo. Neste conto, no qual o personagem não tem nome, ele se encontra consigo mesmo ao perceber o caráter literá-rio de sua narrativa e ao desejo de auto-transformação. Se assim o fizer poderá ser o autor que deseja. Neste universo descrito por Faraco, em que todos estão num tempo imóvel – os executivos no elevador, Russo no seu quarto conceitual, a loura assaltante no seu continuum de miséria, nos cenários imóveis que se chamam hotel e teatro, o sem nome é o único que se coloca no fluxo do tempo e se projeta num vir-a-ser que depende apenas de si mesmo.
É um tema medieval o diálogo entre “Todo mundo” e ‘Ninguém”. Nós podemos encontrá-lo em muitas representações teatrais, inclusive em Gil Vicente. Como é um tema da Renascença a percepção de que a vida é sonho. Aliás, também em nosso período muitos autores retomaram esta percepção, como Carlyle e Jorge Luiz Borges. A filosofia idealista sempre tratou a vida como um pálido reflexo. Em Faraco estes temas estão inseridos numa forte estrutura narrativa que se apresenta enganosamente fragmentária em diálogos e dois cenários, e na qual ele ilumina três intuições, a necessidade da identidade interior, a verdade da poesia e o destino individual como vontade.