segunda-feira, 8 de abril de 2013

O blog suspende atualizações

O escritor Sergio Faraco suspende as atividades literárias por período indeterminado e, assim, a partir desta data, o blog não terá mais postagens.

Faraco deixa a L&PM

Em 1986, pela Editora Mercado Aberto, foi publicada a primeira edição de sua coletânea de contos de fronteira, Noite de matar um homem. Pouco depois foi convidado pelo editor Ivan Pinheiro Machado a integrar o catálogo da L&PM, e em 1987 saiu seu livro de estréia na nova casa, os contos para jovens de Doce paraíso, volume que tirou inúmeras edições. Foram 26 anos de profícua parceria, que incluiu, além de seus próprios livros, dezenas de outros que organizou ou traduziu, marcadamente para a coleção L&PM Pocket, em seus primeiros anos. Em novembro de 2012, Faraco solicitou ao editor, e obteve, seu desligamento da L&PM.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

"A dama do bar nevada" no blog Livros e Ideias

Fogo e magia da paixão numa viagem de trem

(...) Há contos que são obras-primas, e podem consumir tanto ou mais energia do escritor do que o romance, para depois proporcionar ao leitor emoções, pensamentos e imagens que ficam registrados como se ele próprio tivesse vivido a experiência narrada. Foi o que aconteceu comigo depois de ler o conto ‘Dançar tango em Porto Alegre’, do escritor gaúcho Sergio Faraco, publicado em uma coletânea de noves histórias sob o título ‘A dama do Bar Nevada’ – uma edição mais recente, de 2011, traz também quatro contos inéditos nessa obra que foi originalmente lançada em 1987.
O conto pungente narra um encontro amoroso durante uma viagem de trem de Uruguaiana a Porto Alegre. Em meio à madrugada fria e úmida, um homem solitário de meia idade, mal vestido e sem foco profissional na vida encontra sentada ao seu lado uma jovem bonita, mas com o olhar perdido e melancólico. (...)
(...) Faraco é um contista consagrado e as outras histórias do livro são igualmente pérolas da literatura, como ‘Dia dos mortos’, que traz a desventura de dois gaúchos no Rio de Janeiro, ao fim da fatídica partida no Maracanã, em julho de 1950, quando o Brasil perdeu a final da Copa do Mundo para o Uruguai. Ou ainda o conto que dá título ao livro, em que uma mulher em fase de decadência encontra somente no amor barato o caminho para mudar o significado de sua existência.

Leia o post completo no blog Livros e Ideias, do jornalista Helder Lima.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Faraco dá entrevista para a TV Câmara, em Porto Alegre

Acesse o link do programa Telejornal da TV Câmara para assistir ao vídeo da entrevista com o escritor.

Literatura para humanizar as pessoas

Um escritor que não escreve mais, pois nada o motiva no mundo contemporâneo. Um contista cujos textos estão entre os melhores do Brasil e da América Latina de acordo com antologias literárias. Um homem de modéstia incompatível com o tamanho da obra produzida ao longo de quase meio século. Sérgio Faraco, nada afeito a entrevistas e a compromissos sociais, aceitou falar ao Jornal da Câmara.


Autor de contos como “Travessia”, “Idolatria”, “Hotel Majestic” e “A dama do Bar Nevada”, Faraco chega a dizer que seus textos são meramente legíveis. Ao longo da entrevista, porém, revela satisfação com a habilidade de produzir ficção concisa e, ao mesmo tempo, repleta de sentimentos. Emoção, aliás, é palavra-chave para a literatura de Sérgio Faraco. “A capacidade empática, de se colocar no lugar do outro, isso é o escritor”, afirma.
Nascido em Alegrete, em 1940, o autor se considera um porto-alegrense. A cidade permeia toda a obra de caráter urbano do escritor, em que temas sociais foram abordados a partir de uma visão política de esquerda. Na década de 60, Sérgio Faraco foi estudar na União Soviética, onde vivenciou o golpe que afastou o líder Nikita Kruschev do poder e tornou mais ditatoriais os contornos da vida na Rússia. Acabou internado contra a vontade em uma clínica psiquiátrica. De volta ao Brasil, em 1965, é preso pelo regime militar. Foi a partir daí, segundo o escritor, que suas convicções políticas se tornaram menos importantes.
Hoje, para além de ideologias, o autor acredita na literatura como forma de humanizar as pessoas. Sérgio Faraco não descarta a possibilidade de voltar a escrever, mas não a considera muito provável. Aos 72 anos, aproveita o tempo para ler os clássicos que lhe faltam. Sobre o papel de sua obra na literatura gaúcha, prefere não falar. Como reconhecimento, deseja apenas que o leiam daqui a cinquenta anos. “O que vale é a posteridade”, conclui.
A série especial sobre a literatura da capital gaúcha vai ao ar todas as segundas-feiras, às 22h, na TV Câmara (canal 16 da NET). Durante o período eleitoral, a proposta das entrevistas é mostrar como histórias e poemas podem contribuir para pensar o futuro da cidade. A cada semana, um escritor porto-alegrense é apresentado. Nas próximas edições, as convidadas são Léia Cassol e Daniela Langer.

domingo, 1 de julho de 2012

Livro de Pablo Rocca traz um ensaio sobre Sergio Faraco e analisa aspectos da obra do escritor

Un experimento llamado Brasil y otros estudios.

Montevideo: Ediciones de la Banda Oriental, 2012.
Livro de Pablo Rocca traz o ensaio "Cartas al Sur / Sergio Faraco: frontera, invención y traducción" (p. 150/161). Na primeira parte, Rocca analisa a trajetória de Faraco na literatura (contos, crônicas, memórias), e na segunda a troca de cartas do contista gaúcho com Mario Arregui.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Entrevista com Faraco no jornal Rascunho

Sergio Faraco fala sobre o seu método de trabalho, a vida do escritor e o meio literário.



"Com 42 anos de carreira e mais de 20 obras publicadas — entre romances, livros de contos, crônicas e memórias —, Sergio Faraco afirma possuir “todas as dúvidas e incertezas possíveis”. Para o escritor nascido em Alegrete (RS), em 1940, nada mais saudável. No entanto, Faraco não deixa espaço para dúvidas quando o assunto é seu ofício: “Quem escreve tem a obrigação de buscar sempre a última fronteira de sua capacidade, jamais se contentando com menos”. Essa força, que talvez possa ser traduzida como necessidade, está presente em A dama do Bar Nevada e Noite de matar um homem, entre outros títulos que fizeram de Faraco um renomado contista brasileiro, publicado em mais de dez países e vencedor de diversos prêmios literários. Os sentimentos e idéias que movem sua criação literária e os valores e circunstâncias que considera prejudiciais ao processo criativo são abordados por Faraco no Inquérito a seguir.
 Quando se deu conta de que queria ser escritor?
Sempre gostei de escrever, desde a adolescência, quando estava no internato e escrevia cartas a meus pais. Quando me dei conta de que podia ser um escritor, acho que eu já era.
• Quais são suas manias e obsessões literárias?
Não tenho. Eu costumava retrabalhar meus contos durante anos, mas não era uma obsessão, era uma necessidade."

Acesse o link do jornal Rascunho para ler a entrevista completa.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Conto "Tributo" publicado no Suplemento Literário Minas Gerais

Clique no link do Suplemento para ler o conto de Sergio Faraco, na página 33 da edição.