quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Rede Globo perde exclusividade de "Dançar tango em Porto Alegre"

A TV Globo, nos primeiros anos do século, lançou o Projeto Quadrante, que ambicionava registrar certas vertentes culturais do país e compreendia quatro microsséries dirigidas por Luiz Fernando Carvalho: A pedra do reino, de Ariano Suassuna, Capitu, de Machado de Assis, Dançar tango em Porto Alegre, de Sergio Faraco, e Dois irmãos, de Milton Hatoum. Diante do que a Globo considerou uma inexpressiva audiência das duas primeiras e um custo de produção muito alto, o projeto foi suspenso. Mais tarde, a Globo o retomou, mas logo o suspendeu novamente, sem que nenhuma dessas mudanças fosse comunicada ao autor gaúcho. Faraco considera que esse tosco procedimento tornou inviável qualquer entendimento presente ou futuro com a emissora, e que a correspondência tardia recebida do diretor do projeto, historiando seu papel naqueles episódios, não é uma explicação bastante. Esclarece também que seu conto Dançar tango em Porto Alegre, embora ainda esteja, por contrato, à disposição da Globo, pode ser usado por qualquer outra emissora para produções de qualquer tipo, uma vez que em julho do presente ano caducou a cláusula de exclusividade do dito contrato e Faraco não se dispõe a renová-la.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Resenha de "A dama do bar Nevada" no "Meia Palavra"

(...) A sexualidade é um tema recorrente nos contos. Ela faz as vezes de sociabilidade que foge a regras pré-estabelecidas. Ela é um recôndito onde, perante o ambiente sufocante e estéril da cidade, as pessoas ainda podem se sentir amadas e onde podem sentir calor humano. O conto que empresta seu título à coletânea apresenta uma busca nesse sentido, pois o narrador conta a história de um homem e uma mulher que se encontram no tal bar e começam uma negociação por sexo. Se desnuda aí todo um zeitgeist em que apesar de todas as supostas evoluções do mundo (inovações da era do silício, para usar os termos do próprio autor) escondem uma vontade primitiva e instintiva de estar com outrem, de partilhar de relações com alguém, sejam elas de que natureza forem. Situação similar é expressa em O segundo homem, Uma voz do passado e Restos de Gre-Nal.
Um mundo melhor merece uma nota à parte. Nesse conto, Faraco explora o diálogo entre a realidade e a ficção, bordejando as fronteiras que separam uma e outra para descortinar os sentidos ocultos da arte e seu retrato (reelaborado) da realidade. Usando uma situação concreta para dar corpo à elaboração da questão, Faraco, na singela extensão do conto, não só aprofunda visões superficiais – que buscam abstrair a literatura -, como também explora as prerrogativas e liberdades da arte para toldar o leitor em um plot twist e faze-lo refletir sobre as peculiaridades da representação e suas contrapartes. (...)
Leia a resenha completa de  no blog meia palavra.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Faraco autografou para seus leitores, ontem, na Feira do Livro

O escritor autografou por duas horas, ontem, na Feira do Livro de Porto Alegre. Muitos leitores levaram mais de um livro para Faraco autografar, sendo o campeão da tarde o "Contos completos".

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Jornal eletrônico "Povo do Diário"

Oportunidade rara de encontrar com Sergio Faraco

Com uma extensa obra de ficção, Faraco é indicado sempre em lugar de destaque entre os grandes contistas brasileiros pela crítica especializada.
Avesso a participação em eventos públicos, hoje o escritor autografa três livros pela L&PM, às 18:30h, na Praça de Autógrafos da Feira do Livro.
Leia perfil exlusivo de Faraco para Povo do Diário e abaixo um texto de Renato Lemos Dalto sobre o autor.

(...) Mas Faraco diminuiu o ritmo, sim, deliberadamente. Tem dito e redito, nas entrevistas que ainda concede, que desde meados dos anos 90 sente uma descontinuação no seu trabalho ficcional e que talvez nem tente mais continuar escrevendo contos. Não se pense, no entanto, que esteja jogando a toalha. Na verdade, ele hoje se permite outras fontes de prazer além da escrita, que dominou com o talento de um virtuose. A família (foto à direita) é o centro das suas atenções, com a esposa Cybele e os filhos Bianca, Angélica e Bruno. O pequeno Gu, apelido do neto Vinicius, é quem mais lhe chama, e exige, claro, a atenção – Faraco se encanta com as tiradas inteligentes do lindo piá de três aninhos. A casa onde mora, na Zona Sul de Porto Alegre, também o rouba da atividade literária, pois o escritor se transmuta em jardineiro, marceneiro, pintor, eletricista... Aos 71 anos, goza de saúde e disposição invejáveis para inúmeras tarefas pesadas que executa  no jardim e dentro de casa, como um forro novo na sala de visitas. Essa empreitada rendeu até uma crônica para Zero Hora, “O forro eterno”, tamanha a dimensão da obra. Tão meticuloso e perfeccionista nos afazeres domésticos quanto na escrita, Faraco também é cauteloso. Cerca-se do máximo de segurança possível ao se pendurar no flamboyant para podar os galhos ou subir no telhado para trocar uma telha. Por vezes, no entanto, pequenos acidentes acontecem, e o escritor aparece com um braço lanhado, um roxo nas canelas. Acidentes só nunca aconteceram mesmo no seu texto e, deste, afortunadamente temos uma obra inteira para ler e reler, sempre com uma nova emoção. (...)
O escritor do inverno de nossas almas
(...) — Não parei de escrever em 95, mas em 90, com o “Conto do Inverno”. E durante nove anos, não mais pude escrever contos. Quando publiquei os “Contos completos”, disse comigo: “Já que não posso fazer mais nada, vou me despedir”. Até 99, continuei sem escrever e publicar histórias novas. Tentava, mas o resultado não me satisfazia. De resto, as muitas traduções que fazia cobravam seu preço. Traduzi mais de 25 livros. E eu tinha dificuldade para traduzir os tropeços dos outros. Quando via um problema, tentava reescrever com o estilo do autor. Digamos que isso me transformava, porque tinha de assumir o rosto do outro. Era como se eu fosse um trompetista obrigado a tocar trombone, sax e outros instrumentos, e viesse perdendo, por isso mesmo, a embocadura do trompete.
Quando “Madrugada” veio a público, em 99, era um prenúncio de que voltaria a reunir seus contos em mais um livro. É assim que, na primavera de 2000, lança “Rondas de escárnio e loucura”, com 11 contos, e reacende, para os leitores, a densidade emocional de sua prosa. É como se o canto do urutau, solitário, se anunciasse de novo na noite primaveril. A fonte não tinha secado. E a água era boa e límpida. (...)
Acesse o link do Povo do Diário para ler o post completo.

Jornal "Zero Hora" - Sergio Faraco autografa hoje na Feira do Livro

domingo, 30 de outubro de 2011

Sergio Faraco na série Ao Pé da Estante

Em vídeos, dez escritores gaúchos falam sobre literatura e outros assuntos. As entrevistas do Ao Pé da Estante foram realizadas e registradas durante três meses pela jornalista Cláudia Laitano e a fotógrafa Adriana Franciosi. A ideia era retratar ambientes de trabalho e, com sorte, encontrar na vida real uma pista sobre o mundo da ficção de cada um dos autores.
A exposição de fotos e vídeos Ao Pé da Estante será inaugurada hoje (30), às 18h, no estande do Grupo RBS na Feira do Livro de Porto Alegre, Praça da Alfândega (na foto, Faraco com Carlos Urbim, Adriana e Cláudia).
Acesse o link do Ao pé da Estante para asssistir ao vídeo com o escritor Faraco.

sábado, 15 de outubro de 2011

"Diálogos sem fronteira" no site Sul21

Mario Arregui & Sergio Faraco: correspondência

(...)Foram mais de uma centena de cartas trocadas entre Sergio Faraco e Mario Arregui em uma amizade que durou pouco menos de quatro anos; da permissão para traduzir um par de contos ao falecimento do escritor uruguaio, em 1985. Talvez Arregui tenha encontrado em Faraco uma preocupação e uma valorização até então inéditas com os seus escritos e a sua carreira de escritor: após Cavalos do amanhecer, um segundo livro, cujos acertos se deram também por correspondências, foi traduzido pelo brasileiro. Trata-se de A cidade silenciosa, lançado no ano da morte de Arregui. Mas a amizade dos dois, como as cartas que venciam os territórios de dois países, foi muito além. Como Faraco escreveu depois, as cartas formam “a história de uma grande amizade. O quanto ela pode! Ele foi o meu maior e mais querido amigo. E eu o vi apenas uma vez”.
Acesse o link do site do Sul21 para ler a matéria completa de Iuri Müller.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Leia a notícia completa no site da Folha

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Faraco, reedições e lágrimas no "Mundo Livro"

Sergio Faraco tem duas novas edições de livro saindo do prelo. A L&PM vai botar outra vez no mercado a coletânea Contos Completos, reunindo toda a obra contística do autor, e um de seus livros mais conhecidos, A Dama do Bar Nevada – acrescido, nesta edição, do subtítulo Cenas Urbanas. Ambos os livros vêm com quatro contos inéditos (...)
Acesse o link de "Mundo Livro", blog de Carlos André Moreira, editor de livros do jornal "Zero Hora", para ler o post completo e mais uma resenha interessante e delicada da jornalista Maria Rita Horn sobre "Lágrimas na chuva".

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

L&PM lança nova edição de "A dama do bar Nevada"

Já está chegando às livrarias também a nova edição de "A dama do bar Nevada - Cenas urbanas", com quatro contos inéditos de Sergio Faraco.  Descrição da L&PM: A dama do Bar Nevada traz uma admirável seleção de contos muito característicos e representativos da obra de Sérgio Faraco, este grande contista brasileiro. Pequenos dramas, personagens perplexos e solitários e a ambigüidade entre a cidade e o campo, a solidão e a nostalgia. Nesta nova edição do livro, foram incluídos quatro contos inéditos do autor.
Acesse o link da editora L&PM para ler comentários da mídia sobre a primeira edição do livro de Faraco.

A belíssima capa do livro foi feita a partir de um quadro pintado especialmente para este fim pelo artista Nelson Jungbluth, amigo do escritor.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

"Lágrimas na Chuva" na Globo News

Hoje pela manhã, Faraco recebeu o jornalista Geneton Moraes Neto (foto) em sua casa para uma entrevista sobre o livro "Lágrimas na Chuva", que será exibida na TV por assinatura Globo News. Geneton fez o documentário da emissora sobre o 11 de setembro nos EUA e agora editará o programa sobre a obra de memórias de Faraco, que terá ainda locução, fotos e passagens do livro. "Lágrimas na chuva" foi lançado pela L&PM na versão pocket (foto da capa) em junho deste ano.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

L&PM lança terceira edição dos "Contos completos"

A L&PM acaba de lançar a terceira edição dos "Contos completos", acrescida de quatro contos inéditos.
A editora realizou uma promoção de lançamento no Twitter desde sexta-feira e hoje pela manhã foram sorteados três internautas entre os 1.200 que acessaram a promoção nos três dias da sua validade.
Os ganhadores da nova edição do "Contos completos" são e

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Sergio Faraco em entrevista para a L&PM

O escritor fala sobre "Lágrimas na chuva", livro de memórias que acaba de sair em pocket. Leia a íntegra da entrevista abaixo, publicada no site da editora.

Em 1963, Sergio Faraco pertencia ao Partido Comunista Brasileiro. No final daquele ano, recebeu um convite para estudar em Moscou. A partir daí, ele embarcou em uma aventura enriquecedora, amarga e perigosa. Depois de uma série de conflitos com chefetes políticos ligados aos partidos brasileiros e soviéticos, Faraco foi internado em regime de reclusão, sob pesada bateria de medicamentos, numa clínica de "reeducação" russa. O relato desse período, que durou pouco mais de um ano (mas que marcaria para sempre o escritor), deu origem ao livro "Lágrimas na chuva". Lançado originalmente em 2002, ele agora chega à Coleção L&PM POCKET.
Sergio Faraco, um dos maiores contistas brasileiros, concedeu uma entrevista à editora sobre este seu livro de memórias que, na nossa opinião, é também uma aula de história. 
Sergio Faraco na Rússia em 1963
L&PM: Você mencionou em outras entrevistas que, anos atrás, sempre que começava a escrever este livro, acabava tendo lembranças não muito agradáveis e parava de escrevê-lo. Depois que ele foi publicado sentiu algo como um certo alívio por finalmente ter conseguido contar essa história?
Sergio Faraco: Ela estava trancada em mim, embaraçando minha ficção e até minha vida, como se aquele período, enquanto não o desvelasse, fosse aos poucos perdendo sua concretude, tornando-se um tempo morto. Uma das dificuldades era retomá-lo sem rancor e outros sentimentos vis. Outra, a lembrança de que os primeiros rascunhos tinham sido usados pelos policiais da Interpol para me interrogar, o que os tornava pouco menos do que execráveis. Mas escrever a história, publicando-a, significou um lenitivo dir-se-ia parcial: faltou narrar o que aconteceu após meu retorno ao Brasil e isto, por motivos vários, até hoje não consegui e acho que não conseguirei.
L&PM: Alguma lembrança do tempo em que esteve na URSS estava adormecida e só veio à luz quando você estava escrevendo?
SF: Sim, mas não me recordo se, no contexto, eram episódios necessários ou contingentes. Certas lembranças, contudo, passaram a ser melhor interpretadas, concorrendo para que as personagens se tornassem mais íntegras. Em 2004, chegou às minhas mãos uma pasta com 50 páginas das primeiras versões da história, escritas provavelmente em 1965. Eu ainda estava doente, sob os efeitos dos medicamentos que me ministravam no Kremlovski Bolnitso [Hospital do Kremlin], e não compreendia plenamente o que acontecera nem o papel das pessoas que, em Moscou, tinham participado da minha vida. O livro colocou todas as coisas em seus devidos lugares.
L&PM: Você cita "Blade Runner" na introdução do livro e uma das passagens do filme de Ridley Scott serviu de inspiração para seu título "Lágrimas na chuva". Você teve este insight (de que todos estes momentos se perderão como lágrimas na chuva) quando assistiu ao filme pela primeira vez ou essa relação surgiu depois?
SF: A fala do andróide, despedindo-se de sua pequena e intensa existência, comoveu-me profundamente. Nos anos 90, revi inúmeras vezes esse belíssimo filme e passei a me perguntar se tinha o direito de permitir que minhas lembranças se dissipassem como as dele, já que me pareciam dignas de compartilhamento. Entendi que não tinha tal direito e esta resposta me ajudou a contornar as velhas dificuldades. Eu já fizera antes uma pergunta semelhante, quando uma editora uruguaia me pediu as cartas que troquei com Mario Arregui. Essa correspondência foi publicada no Uruguai no início dos anos 90, e recentemente no Brasil.
L&PM: O livro é muito emocionante e todas as pessoas que o lêem costumam dizer que é cinematográfico. Você concorda com isso? Por quê? Alguém já pensou em filmá-lo?
SF: Se as pessoas dizem isso, que é cinematográfico, imagino que o seja, mas não sei ao certo, pouco entendo de cinema. Um cineasta falou comigo na época do lançamento, em 2002, mas não fui muito receptivo. Seria um filme caro, em algum momento a equipe teria de se deslocar para Moscou, e além disso não sei se gostaria de ver a minha história contada por outra pessoa e, por certo, de outra perspectiva. Meus contos, no entanto, têm sido filmados, e nesse caso o resultado não me importa muito, o diretor está fazendo sua ficção sobre outra ficção. O melhor curta-metragem que eu vi, baseado nos contos, foi "Um aceno na garoa", de Mário Nascimento.
L&PM: Depois do livro ser publicado, algumas pessoas o procuraram para contar histórias parecidas? Como foi o retorno do público?
SF: Não, ninguém me procurou, e também não sei se estaria disposto a ouvir histórias semelhantes. Escrever esse livro foi para mim um longo e doloroso processo, e no momento em que ele veio à luz perdi um pouco o interesse por ele. Teve boa repercussão na imprensa brasileira, tirou quatro ou cinco edições convencionais, e eventualmente eu era convidado para falar sobre o assunto. Fiz isso algumas vezes, mas depois não aceitei mais convites. Não podia continuar olhando para trás e também nada tinha a acrescentar ao que escrevera. Não revisei a edição de bolso, que acaba de sair, o que significa que não mudei sequer uma vírgula.
L&PM: Ao escrever o livro, ficou com vontade de saber o que aconteceu com algumas pessoas que nunca mais encontrou?
SF: Era natural que me perguntasse o que acontecera com pessoas que, naquele período, foram importantes para mim, mas nunca me ocorreu procurá-las depois. Não era o caso e penso que não havia necessidade. Como escrevi no final do livro, elas fazem parte de mim, sou um pouco o que elas foram e para sempre vou levá-las comigo. Tive contato, no entanto, com um companheiro que, por vários meses, dividiu o quarto comigo no alojamento do instituto, em Moscou. Ele se chama Luiz Martins e mora no Rio Grande do Norte, em Natal. Era meu amigo na Rússia e continua meu amigo aqui, de vez em quando nos escrevemos.
L&PM: Qual foi seu personagem preferido e por quê?
SF: Como disse, muitas pessoas foram importantes e pude descrevê-las com fidelidade, ou ao menos com o que entendo por fidelidade. O dominicano Jaime, por exemplo, se não o encontrasse naquele medonho hospital, dificilmente estaria aqui a responder essas perguntas. A menina russa que me acompanhou na maior parte daquele ano também teve um grande papel, preservado no livro: acho que fui feliz na composição de seus traços. E assim as demais, cada uma em seu momento, isto é, não foram personagens simultâneas, mas sucessivas. Estiveram ao meu redor, mas, curiosamente, nenhuma delas conheceu as outras.
L&PM: Na sua opinião, "Lágrimas na chuva" poderia ser considerado, além de um livro de memória, um romance histórico?
SF: Acho que não, é só uma memória, o romance histórico terá atributos que meu livro não tem. De resto, no romance o autor dispõe de uma relativa liberdade para criar, ao passo que, na memória, a ficção não tem ou não deveria ter lugar. Enquanto escrevia, sempre me ative aos fatos e ao modo como os interpretava o homem que eu era, nunca recorri à imaginação. Enfim, memória ou romance histórico, tanto faz. Acho que escrevi um bom livro, isto sim, o melhor que era capaz de fazer, no limite de minhas circunstâncias, e como ensina a Rosalinda de Shakespeare, em "Como gostais", um bom vinho não precisa de rótulo.
L&PM: Não voltou à URSS depois? Quando? Se voltou, qual a sensação?
SF: Não voltei, nunca quis voltar e não voltarei. O que estaria buscando, se voltasse? O passado? Sim, porque a Rússia de hoje nada tem a ensinar para quem espera algo do futuro. De outra parte, qual passado? As pessoas que amei e me amaram tomaram outros rumos, com os quais nada tenho a ver. O que importa é o que já disse: se quero encontrá-las, encontro-as olhando para dentro de mim mesmo. Quando fui para Moscou, eu era um jovem de 22 anos. Quando voltei em 65, com 24 anos, eu era outro, aquilo que a garota russa, meu amigo Jaime, a enfermeirinha do Kremlovski Bolnitso e os poucos amigos que tive em Moscou fizeram de mim.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Pocket do grande livro de Faraco, já nas livrarias

O cultuado livro de Sergio Faraco, "Lágrimas na chuva", na versão pocket, já está nas livrarias.








Leia mais sobre este lançamento da L&PM no site da editora e no blog Mundo Livro, do jornalista Carlos André Moreira.

terça-feira, 19 de abril de 2011

E-book do "Contos completos" na Saraiva

Já está à venda no site da Livraria Saraiva a edição em e-book do "Contos completos", de Sergio Faraco. E tem mais novidades do escritor pela L&PM: logo depois da Páscoa será lançada a edição em pocket do "Lágrimas na chuva", que conta a experiência de Faraco na URSS.

terça-feira, 22 de março de 2011

Livrarias e exposição no BarraShoppingSul marcam 100 anos do naufrágio do Titanic

As livrarias SARAIVA e FNAC, do BarraShoppingSul, estão com o livro O crepúsculo da arrogância, de Sergio Faraco, em destaque. Acontece também no BarraShoppingSul, Titanic: A Exposição – Objetos reais, histórias reais. Vista por mais de 22 milhões de pessoas em 85 cidades ao redor do mundo, a exposição apresenta 243 objetos reais.

Em O crepúsculo da arrogância, Sergio Faraco relata a combina­ção de erros, pretensão, arrogância e desin­for­mação que resultou na tragédia mais improvável do início do século XX: o naufrágio do Titanic. O livro começa quando se inaugura a era dos vapores oceânicos, no primeiro quarto do século XIX. Trata em seguida dos planos de expansão da White Star Line, da construção do Titanic - resultado da mais recente tecnologia aliada à lendária reputação britânica de dominadora dos oceanos - e dos preparativos para a viagem inaugural. Após descrever a partida do Titanic para Nova York em 10 de abril de 1912, o autor - que consultou, inclusive, os registros dos inquéritos de 1912 sobre as causas do desastre, com extensos e minuciosos depoimentos dos sobrevi­ventes - reconsti­tui minuto a minuto os acontecimentos de 14 para 15 de abril: a colisão com o iceberg, o arria­mento dos botes salva-vidas, o nau­frágio e também o que ocorreu nos dias seguintes, no mar e em Nova York.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

"Lágrimas na chuva" no Roda Viva desta segunda-feira

Psiquiatra Valentim Gentil Filho indica livro de Sergio Faraco
O Roda Viva dessa segunda-feira trouxe para o centro da nossa conversa um médico que pesquisa gente normal, mas que já encontrou muitos loucos em seu consultório. O psiquiatra Valentim Gentil Filho é um estudioso do cérebro humano, que ele considera ser "o ápice da perfeição". O Dr. Valentim se interessa por nossas emoções e isso, nos dias de hoje, significa conhecer profundamente as causas e efeitos da depressão - a doença da moda, o mal da civilização, a herança maldita do século 20. Valentim Gentil Filho fez medicina na Universidade de São Paulo e doutorado no instituto de psiquiatria da Universidade de Londres. Hoje é chefe do departamento de psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e um dos mais influentes profissionais da moderna psiquiatria brasileira. Valentim Gentil tem um interesse especial pelas políticas públicas de saúde mental, que ele crítica com poderosos argumentos: o atendimento a doentes mentais ou é ruim ou é inexistente.
Assista ao vídeo do programa Roda Viva. A referência que o Dr. Gentil faz ao livro de Faraco está no terceiro bloco.