sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Crônica "No tempo do mil-réis" em revista de Alegrete

Publicada em Alegrete, pela Sociedade de Engenharia e Arquitetura de Alegrete - SEAA - a revista Cadernos temáticos, que defende o patrimônio cultural da cidade. A publicação, de excelente qualidade gráfica, traz muitas fotos de antigas edificações de Alegrete que foram depredadas ou sofreram alterações que as descaracterizaram, e textos de Jorge Augusto Moojen, Sergio Faraco, Briane Panitz Bicca, Pedro Mangelôs, J. N. B. Curtis, Paulo Houayek, Maurício Goldemberg, Edson Paniagua, José Carlos Queiroga, Alícia Cardoso, Frinéia Zamin, Günter Weimer, Moacyr Flores, Hélio Ricciardi, Antônio Saint Pastous, Virgínia do Rosário, Isabel Bicca de Queiroga, Ana Lúcia Meira e Carlos Alberto Moojen.

sábado, 21 de novembro de 2009

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Dois lançamentos com Sergio Faraco pela L&PM

DIÁLOGOS SEM FRONTEIRA
CORRESPONDÊNCIA: MARIO ARREGUI E SERGIO FARACO
TITULO ORIGINAL: Mario Arregui y Sergio Faraco: Correspondencia
L&PM
Dois artesãos da palavra
Mario Arregui, contista uruguaio; Sergio Faraco, contista brasileiro, do Sul do país. Dois ficcionistas-artesãos, escravos da palavra exata, tradutores e proprietários rurais unidos e separados pelo Prata e pela cultura platense, de idades distintas mas nos quais a amizade surgiu com igual força. Em 1981, após ter deparado com alguns livros de Arregui, Faraco decidiu-se a traduzir e organizar no Brasil uma compilação dos contos do autor. O contato primeiramente feito com fins profissionais evoluiu para uma troca assídua de cartas escritas em espanhol que incluem recomendações de livros, impressões sobre o ofício e a carreira de ficcionista, consultas sobre as melhores opções de tradução de um termo, discussões sobre os rumos da política mundial, sobre as crises e as ditaduras características da América Latina na segunda metade do século XX e comentários sobre a família e o dia a dia – a vida, em suma. Tal insuspeita amizade pegou “Dom Arregui”, como carinhosamente o chamava Sergio Faraco, em idade já avançada. A mesma durou de 1981 a 1985, quando Arregui faleceu, de causas naturais. Durante esses anos, ambos se viram pessoalmente uma única vez.
O presente livro traz as cartas trocadas durante esses pouco mais de quatro anos de correspondência e faz o retrato do surgimento e do crescimento dessa afetuosa amizade – “monumento anônimo, maravilhoso, em permanente construção, feito de ar, de trabalho, de nostalgia e de sonho”, segundo Martín Arregui, filho do autor uruguaio. Testemunho do convívio de duas mentes criativas, este é um importante documento sobre dois grandes nomes das letras latino-americanas.

A LONGA VIAGEM DE PRAZER
JUAN JOSÉ MOROSOLI
Tradução de SERGIO FARACO
TÍTULO ORIGINAL: El largo viajo de placer
Coleção L&PM Pocket
Prefácio de Léa Masina; Prólogo de Heber Raviolo; Posfácio de Pablo Rocca
O homem, o campo e a solidão
"Viventes de um tempo morto, ou condenado a morrer, é o que poderíamos dizer dos seres morosolianos. Viventes: seres anônimos, sem outra credencial para apresentar senão a própria vida, essencialmente solitária, pois a solidão é a outra característica, o outro grande tema que ocupa a obra de Morosoli, intimamente relacionado não só com o da extinção, com o da marginalização histórica, mas também com algo muito mais especificamente uruguaio. Partindo de seus entes solitários, enraizados como plantas, de seus gaudérios sem destino, esses contos se projetam de sua base realista para um plano poético e simbólico que lhes outorga perenidade e relevância, convertendo-os numa ampla metáfora de nossos campos, nossos pueblos, nossos homens. É o deserto transferido aos homens, a solidão de nossa terra encarnando neles."
Heber Raviolo – Editor, crítico literário e ensaísta uruguaio.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Marlene

Coluna de Sergio Faraco publicada hoje no Segundo Caderno, de Zero Hora
Todas as emoções que tive na vida, menos ou mais intensas, deixaram suas marcas em minha têmpera. Uma delas, contudo, destacou-se das demais, tanto pela intensidade como por ser de um tipo que te leva a pensar que, entre os humanos, tiveste a glória de ser um dos escolhidos. Em 1964, num teatro de Moscou, ouvi Marlene Dietrich cantar.
Eu já havia assistido ao filme O Anjo Azul, realizado por Josef von Sternberg em 1930, que projetou Marlene no universo hollywoodiano, e trazia viva na lembrança a imagem da bela, provocante, perversa cantora de cabaré, Lola-Lola, que seduz e leva à loucura e à morte o infeliz professor de literatura inglesa, Immanuel Rath, representado na tela pelo ator alemão Emil Jannings. Fui ao teatro para ver um mito, o da femme fatale. E não é que vi? Aos 63 anos, conservava Marlene a formosura do rosto, com seu ríctus de devassidão e decadência, as linhas sensualíssimas do corpo, e o vestido de plumas brancas descobria as prodigiosas pernas que, nos anos 30, foram consideradas as mais perfeitas do planeta. Fazia-se acompanhar tão-só de um violão. Sua voz grave arrebatava a plateia, como se estivéssemos todos, ela e nós, num boudoir de suave e licencioso calor. Entre outras canções, cantou "Where Have All the Flowers Gone?" e "Falling in Love Again" (de O Anjo Azul), e quando cantou aquela que seria a derradeira, a clássica Lili Marleen, foi ovacionada de pé e teve de voltar duas vezes à ribalta para repeti-la. Sobre ela escrevera Hemingway: “Se nada tivesse além da voz, só com esta despedaçaria nosso coração”. E era pouco. Ela te roubava a alma.
Um biógrafo de Marlene conta que, numa das apresentações de Moscou, “houve 45 minutos de bis diante de uma plateia de 1.350 pessoas”. E Marlene teria dito, aos últimos aplausos: “Devo dizer-lhes que os amo há muito tempo. A razão por que os amo é que vocês não têm nenhuma emoção morna. Ou são muito tristes ou muito felizes. Sinto-me orgulhosa em poder dizer que eu mesma tenho uma alma russa”. Conta também que Marlene se enamorara da autobiografia do escritor Kostantin Paustovski. Ao saber que ele se encontrava no teatro para ouvi-la, comoveu-se, e não sabendo como traduzir seu sentimento, ajoelhou-se diante dele. E Paustovski chorou. Eu tinha escolhido outro dia para vê-la e não testemunhei essa cena tão tocante. Seria pedir demais aos fados.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Faraco entre os melhores da América Latina

"Magestic Hotel" foi o conto escolhido por Flávio Moreira da Costa para esta antologia dos melhores da América Latina. O reconhecido antologista esteve em Porto Alegre, na Feira do Livro - contou também com a presença de Faraco -, para autografar o livro que resgata contos da literatura latino-americana desde o período colonial até o século XXI, de autores conhecidos vivos e até aqueles que já foram esquecidos, mas cujo trabalho tem grande valor.