quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Encontro com alunos de Cíntia Moscovich

Ontem à noite, Faraco conversou com alunos das oficinas da escritora e sua amiga Cintia Moscovich por quase três horas. O encontro foi tão proveitoso quanto agradável para a "gurizada" da Cíntia, como ela, carinhosamente, se refere às turmas, e para Faraco. Participou também do encontro o escritor Luis Paulo Faccioli.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Antologia "Os melhores contos da América Latina"

O contista gaúcho Sergio Faraco é um dos poucos brasileiros contemporâneos escolhidos por Flávio Moreira da Costa para a antologia Os melhores contos da América Latina (edição da Agir). A seleção ainda inclui Leopoldo Lugones, Alfonso Reyes, Horacio Quiroga, Mario Benedetti, Murilo Rubião, Julio Cortázar, Jorge Luis Borges, Roberto Bolaño e Dalton Trevisan, entre outros. Dividido em segmentos como "O Conto Antes do Conto", "O Conto Aparece e Amadurece" e "O Conto Resplandece e Continua", o livro traz uma pesquisa apurada, reunindo desde precursores, como o mexicano José Bernardo Couto (1802-1862), a nomes ainda em atividade, como a uruguaia radicada na Espanha Cristina Peri Rossi.
Moreira da Costa autografou em Porto Alegre, na 54ª Feira do Livro. A mídia nacional elogiou o trabalho do escritor residente no Rio de Janeiro – considerado pelo jornal Folha de São Paulo o “melhor antologista da língua portuguesa” – assim como, em Nova Iorque, Lucas Mendes recomendou o livro no programa Manhattan Connection, exibido pelo GNT.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Autógrafos

Coluna de Sergio Faraco publicada hoje no Segundo Caderno, de Zero Hora

Estou combinadíssimo com o editor: minha sessão de autógrafos na Feira do Livro foi a última. Mas olhem só: ao lhe comunicar minha decisão, fiquei sabendo que ele não tem tanta simpatia por sessões de autógrafos e só as organiza por considerar que é um desejo dos autores. Como? Ouvi bem? Eu, que sempre admiti autografar meus livros em dadas ocasiões por pensar que assim o desejava o editor?
Cáspite, como dizia o outro.
O sobredito Ivan Pinheiro Machado e eu nos vemos assiduamente há 21 anos, estamos na antevéspera das Bodas de Prata, e nesses anos todos temos discutido muitas coisas, menos esta. Um silêncio obsequioso? É isso? Então nota 3 para os dois. Não aprendemos com Heráclito que a luz crua sempre é a melhor.
Minha resistência se justifica: constrangem-me essas liturgias mercadológicas. Não desgosto de autografar quando um leitor, ocasionalmente, sobretudo espontaneamente, vem ao meu encontro. Promoções para tal fim são outros quinhentos. A maioria das pessoas comparece porque, dir-se-ia, foi intimada. E se a fila é lumbrical, lá está a vítima, ou o réu, a cumprir a pena que a editora e o autor lhe dão: duas horas de espera. Isso sem falar no que desembolsou, nem sempre de boa hora.
O editor, não sei, mas suspeito de que ele poderia lamentar, como Schopenhauer sobre a vida, que sessão de autógrafos é um negócio que não vale o investimento. Tem um lado bom e um lado ruim. O bom: dá no jornal que a obra já freqüenta as prateleiras comerciais. O ruim: a casa gasta coxudos pilas na impressão de convites, gasta com envelopes, postagem, vinho, petiscos, sem contar as horas de trabalho de seus funcionários e a inquietude: será que vai dar certo? O investimento dificilmente é compensado pelo número de exemplares vendidos, exceto nos casos em que a fila dobra a esquina. E nem estou considerando que autografar livros em livrarias ou feiras é algo que se vulgarizou e perdeu o encanto. Em nossa feira, pasmem, tivemos 800 sessões de autógrafos, mais de 50 por dia.
Uma alternativa é o costume em voga no Uruguai. No lançamento do livro, o editor oferece um coquetel a jornalistas, críticos literários, livreiros, distribuidores. Alguém apresenta a obra, o autor responde às eventuais perguntas e... fim! Se algum dos presentes quiser um autógrafo, que o peça. Assim não se constrange o autor, tampouco o convidado, e o editor, gastando menos, herda o único benefício do que hoje se faz de modo tão incivil: a atenção de quem conduz o livro até o leitor.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Lançamentos de novembro


Três livros de Sergio Faraco foram lançados pela L&PM em novembro, na Livraria Saraiva e na 54ª Feira do Livro de Porto Alegre:


O pão e a esfinge seguido de Quintana e eu – edição inédita, com crônicas selecionadas de Sergio Faraco, publicadas, quinzenalmente, no jornal Zero Hora desde 2003 – seguido da correspondência, bilhetes e desenhos que o poeta Mário Quintana enviou ao escritor.
Noite de matar um homem – segunda edição, ampliada e ilustrada por Eduardo Oliveira. O livro traz uma reunião dos relatos de fronteira, publicados também em Hombre e Manilha de espadas, com larga repercussão na imprensa de todo país e exterior.
Doce paraíso – segunda edição, ampliada e ilustrada por Gilmar Fraga. Lançado em 1987, o livro igualmente teve ampla repercussão.
As duas sessões de autógrafos foram concorridas e o escritor recebeu amigos e leitores por mais de duas horas. Entre eles, Luis Fernando Veríssimo, que chegara de viagem ao exterior naquela manhã, Olívio Dutra e Alcy Cheuiche. (Nas fotos, Faraco com Luis Fernando Verissimo e Eduardo Degrazia).