Foram 100 dias de trabalho, em média seis horas por dia, inclusive nos fins de semana e em viagem, quando esteve em Gramado e Alegrete. Assim Sergio Faraco cumpriu sua promessa à L&PM: entregar a tradução de As veias abertas da América Latina na primeira quinzena de agosto. Em seguida, o escritor recebeu – e já entregou traduzido também – o novo Prefácio que Eduardo Galeano escreveu para a reedição do seu livro, a ser lançada em outubro pela editora gaúcha.
Faraco traduziu todo o livro (nada menos do que 460 páginas) a mão, ocupando oito cadernos de 100 folhas, escrevendo dos dois lados (sua letra não é pequena), e outras tantas canetas esferográficas Compactor 07, a única que o escritor usa. Depois do trabalho a mão, como é de seu costume, Faraco revisa e passa os textos para o computador, para enfim imprimir e revisar novamente, fazendo os ajustes que ele considera necessários.
Para decifrar expressões idiomáticas ou vocábulos desconhecidos, que sempre aparecem, Faraco se socorreu de dicionários (relacionados abaixo) e quando estes falhavam – e falharam em diversas ocasiões – valia-se do próprio Galeano, “cujo saber e cujo desprendimento fizeram com que as dificuldades da versão fossem rapidamente superadas”, revela Faraco.
Dicionários utilizados na tradução de As veias abertas da América Latina:
REAL ACADEMÍA ESPAÑOLA. Diccionario de la lengua española. Madrid: Espasa Calpe, 1992. 2v. 2133p.
MOLINER, María. Diccionario de uso del español. Madrid: Gredos, 1992. 2v. 3031p.
Diccionario general ilustrado de la lengua española. Barcelona: Vox/Biblograf, 1990. 1178p. Prólogo de don Ramón Menéndez Pidal.
Diccionario Anaya de la lengua. Madrid: Anaya, 1991. 1079p. Prólogo de Fernando Lázaro Carreter (da Real Academía Española)